O vice-diretor da ECI, Jezulino Lúcio Mendes Braga, participou da cerimônia de concessão do título de cidadã honorária a Cintura Fina, uma das personagens mais marcantes da história dos movimentos LGBTQIA+ de BH.

Figura marcante da boemia de Belo Horizonte, entre os anos 1950 e 1970, Cintura Fina foi uma mulher transexual, e transgressora. Vinda do Ceará para a capital mineira fazia seus giros entre os bairros do Bonfim e da Lagoinha, defendias as prostitutas e era conhecida como a “Marilyn Monroe dos detentos pela imprensa“¹.

A Cintura Fina, primeiramente, foi imortalizada nas páginas de Roberto Drummond, no romance Hilda Furacão. Posterior, foi representada figurativamente nas telas televisivas na minissérie de mesmo nome, pela Rede Globo. Recente, ela ganhou sua própria biografia Enverga, mas não quebra, de Luiz Morando, pela editora O sexo da Palavra.

Seu ativismo e resistência deixou símbolos sociais marcantes como a navalha que usava para se proteger de ataques transfóbicos, “na época, sua identidade que transitava no gênero masculino e feminino causava incômodo na sociedade“, relata Muka Oliveira¹. Cintura Fina morreu em 18 de fevereiro de 1995, aos 62 anos.

O evento em que se concedeu o titulo de cidadã honorária de Belo Horizonte aconteceu na sexta-feira (17/12) no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira, no Bairro Lagoinha. Cristal Lopes, performer e bailarina, ativista na luta pelos direitos das pessoas trans, recebeu o título das mãos da vereadora Iza Lourença (PSOL) que propôs a concessão do título.


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Cerimônia de concessão do título de cidadã honorária a Cintura Fina